30/06/2006

diz que é ouvível: Psapp

Todo o blogueiro que se preze deverá ter uma banda fetiche. A minha última foi os "Portugal. The man". Mas já há muito que ando a ouvir outra em que estou viciado: Psapp.

Na sua versão resumida, são duas senhoras londrinas de seu nome Carim Clasmann e Galia Durant que não contentes com terem nomes a atirar para o esquisito, ainda decidem fazer música com objectos domésticos e outros bric-à-bracs, sons do dia-a-dia e mesmo animais.

Dizem fazer "pequenas músicas com sons a sair delas" e ser a única banda no mundo patrocinada por felinos!

Esperaria algo tão esquizofrénicamente infantil e similar de uma senhora dos seus 89 anos, com uma casa cheia de dezenas de gatos e instrumentos e brinquedos infantis dos seus já desaparecidos netos, que a trocaram por uma existência fútil numa qualquer grande cidade.

Num universo paralelo, talvez fossem uns Radiohead a fazer o Amnesiac/Kid A enquanto crianças, sem mais recursos que os brinquedos, xilofones, pianos e animais à sua volta e sonhando serem os Postal Service quando crescerem, depois de uma adolescência enquanto Stereolab.

Talvez sejam a única banda que me faz de facto esboçar um sorriso quando a ouço. Uma lufada de saudável inocência.

Ficam aqui duas opções com videos deveras interessantes, o primeiro do mais recente álbum "The only thing I ever wanted" (2006) num estilo Wallace & Gromitt e o segundo do álbum "Tiger, My Friend" (2005).

Tricycle



About fun



Fonte: Psapp

27/06/2006

Saudades físicas

Sinto saudades físicas de ti.
Aos meus neurónios falta-lhes o estado excitatório provocado pelo teu toque.
Os meus pêlos estranham não se levantarem ao sinal de um beijo.
O meu coração aperta-se dificultando a passagem do ar, por a visão de ti estar ausente.
Os meus ombros sentem-se doridos sem a tua pressão relaxante.
As minhas costelas sentem-se dispersas pelo tronco sem o teu aperto terno.
Os meus lábios tornaram-se moles sem uma dentada de amor.
Tudo por não estar fisicamente proximo de ti...


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26/06/2006

Pensamentos caústicos X

Quando no meio de uma rua em Londres um arábe me pergunta se sei falar árabe... acho que é razao para começar a ficar preocupado!

20/06/2006

e um café

Pois que já tenho a minha cabeça voltada para sul.
Quero sol, quero luz, quero praia, quero pessoas alegres.
Quero o tuga, o chunga, o pé rapado e o zé povinho.
Quero a peixeira de pêlo na venta.
Quero o fogareiro feito condutor formula 1.
Quero as complicações, as reclamações, os impressos Z, X23 e D45, em azul, grená ou dourado.
Quero celebrar com vinho, bacalhau e fado. Pastéis de nata e um café (porque aí sabem como é).
Quero tudo. Tudo. E prometo que não reclamarei.
Apenas lhe darei um renovado valor, com cotação na bolsa da saudade.

PORTUGAL. THE MAN



Ps - O video demora uns segundos a começar.

15/06/2006

Querida Julia: Será que sou humano?

Querida Julia.

Dou por mim a desenvolver uma certa aversão por pessoas que não são capazes de cumprir as suas responsibildades e não têm a dignidade de pedir desculpa quando falham.
O meu estômago contorce-se de indignação, os pêlos dos meus braços ficam eriçados e os meus dentes rangem.

Será que sou humano?

Leitor gaZpariii da Silva, 6º planeta a contar de Plutão
2006 Via láctea


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13/06/2006

Pensamentos caústicos IX

O mundial de futebol é bom para a humanidade!
Tira certas e determinadas pessoas das ruas durante umas semanas, substituindo-as por bandeiras...

Ps- a não ser que o clube apoiado ganhe e por isso festejem nas ruas, o que tem um efeito negativo totalmente oposto ao enchê-las de indesejáveis gritantes!

11/06/2006

Buracos negros e universos musicais

Gostava de descobrir o que se encontra do outro lado de um buraco negro no espaço.
Deixar-me absorver, sorver pela sua força e descobrir que segredos nele se escondem.
Outro universo, reverso talvez?

Não. Um buraco negro no espaço é apenas algo que me faz sonhar. Nada mais.
Sonhar com outro lugar... difícil de alcançar.


MUSE - SUPERMASSIVE BLACK HOLE


09/06/2006

Anúncio de jornal IV: procuram-se rebuçados mágicos

Compra-se rebuçado mágico que permita adormecer e acordar daqui a uns meses.
Não preciso ser beijado por um ser encantado e por ele acordado, qual branco de neve. Já fui suficientemente amaldiçoado por neste lugar viver, sem ter comido qualquer maçã.
Apenas quero que o tempo passe neste espaço de mundo.

Se isso não for possível, um rebuçado mágico que me permita viajar longas distâncias em poucos segundos também é desejável.
Posso ir daqui ali e de volta aqui, sem parecer ter saído daqui para ali.
Aqui estou eu em ali. Ali onde eu quero estar e que quero que se torne aqui.

Rebuçados de felicidade não serão aceites, visto que os tenho ingerido mas isso não parece ser suficiente para ir deste momento para aquele momento e daqui para ali. De facto, parecem ter um efeito contrário, tornando o aqui mais longe dali e mais longo o tempo de chegar ali a partir de aqui.

Na impossibilidade dos anteriores, rebuçados de tristeza e saudade serão aceites, até que finalmente o ali seja aqui no tão esperado momento.

Por favor contactar na seguinte morada:

Sr. Procura-se rebuçados mágicos
Rua dos Desejos Dificilmente Concretizáveis, 27
Vila do deixa-me lá sair daqui que estou farto
2006-06 Algures em nenhures


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07/06/2006

O meu poema simples VIII: o tempo avançou neste espaço de mundo

Nada mudou a não ser o tempo, desde que me ausentei.
O mundo continua parado em estado nada avançado.

A engrenagem continua encravada, encalacrada.
Nada mudou e o mundo não avançou neste espaço de tempo... apenas o tempo avançou neste espaço de mundo.

Ps- Obrigado a todos os "comentadores" pelos votos de boas férias. ;)