29/10/2005

Faça favor de passar: Bloc Party e Patrick Wolf em concerto

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Entremos.
Sítio interessante este. Parece mais um pub com espaço para concertos do que uma sala de espectáculos. Talvez por isso toda a gente esteja com uma "pint" na mão. Maioritariamente adolescentes. Explica-se pela paragem no calendário escolar por alguns dias.

Entrámos.
Parece que já começou alguma coisa... está uma figura estranha no palco... Mas não era suposto ser só um concerto de Bloc Party? Parece que trouxeram um convidado. Espera... parece... não pode ser... não tenho assim tanta sorte... sim! É ele! Um bónus inesperado. É o...

Patrick Wolf - Imaginemos uma mistura entre os Dandy Warhols e uma versão mais jovem (twenty something) do Antony e obtemos este moço.
Vestido com se de um boneco de pano se tratasse, com um meio capuz preso ao cinto por uma fita de tecido e um cabelo (e não só) a fazer lembrar o senhor Courtney Taylor-Taylor dos Dandy Warhols.
Um piano e guitarras acústicas para ele, um violino para a senhora e uma bateria para o outro senhor e está o espectáculo montado.
Impressiona. Pela imagem, pela simplicidade das músicas, pela inocência arty e pela força acústica que quase faz esquecer que é acústica.
Perde. Pela falta de alguns instrumentos que preenchessem alguns dos vazios nas músicas, aqueles espaços de som puro mas inacabado.
Valeu o esforço de convencer a plateia semi-bêbeda que aplaudiu a saída de forma efusiva. O moço deve ter ficado contente sim senhor.

Esperemos.
Sim, sim. Quer passar para ir ter com os seus amigos? Concerteza. Excuse me? Of course. Deixou a sua mulher grávida no centro da plateia? Sim. Passe. É primeiro ministro da Grunholândia? Por quem é. Querem parar de passar à nossa frente por favor!??? Damn!!!

Esperámos.
E aí vêm eles.


Bloc Party -
Olhar para os Bloc Party é como olhar para uma versão reduzida das nações unidas. Ele é raízes anglo-saxónicas, chinesas e africanas. Representam parte do mundo. E quem bem que eles representam. Mas a representação pára aí.
Toda a sua actuação foi genuína. Podia dizer que eram a banda mais alegre e feliz do mundo... e suada. Como eles próprios disseram, quando se sua muito é porque o concerto está a ser bom. Não houve qualquer referência ao cheiro envolvido.
Duas ou três músicas novas (incluindo o dançável Two More Years, que amavelmente ofereceram às "senhoras que dançam muito bem nas bancadas") e as músicas do álbum Silent Alarm com alguns laivos pós album de remixes (tocar a versão feita com os Death From Above 1979 em vez da original foi um exemplo).
Se se diz que os ingleses são um público frio, nunca devem ter visto um concerto de Bloc Party nestas paragens. Todas as músicas tinham eco, movimento e copos voadores (meio cheios... ou será meio vazios?).
Eles, o centro das atenções, são representantes de vários estados de espírito. A alegria e raiva contida do vocalista, a timidez do guitarrista, o ar british e intelectual do baixista e as explosões de energia do baterista (como de um corpo tão magro sai tanta força?), combinaram-se e proporcionaram um espectáculo bastante bom.

"We're gonna win this"... and they won!


25 Outubro de 2005, Carling Academy, Bristol

24/10/2005

Dúvidas existenciais III - o caso dos hetero-flexíveis

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Tenho uma dúvida existencial...
Recentemente um amigo ensinou-me uma nova palavra: hetero-flexível. Que significa isso?
HETEROSSEXUAL - adj. 2 gén., relativo à atracção ou ao comportamento sexual entre dois indivíduos de sexo diferente; designativo do enxerto dos órgãos genitais com transplantação cruzada que masculiniza as fêmeas e feminiza os machos (ok... esta não compreendi...); s. 2 gén., indivíduo heterossexual (In Dicionário de Língua Portuguesa Online).
FLEXÍVEL -
do Lat. flexibile; adj. 2 gén., que se pode dobrar; que se pode curvar; fácil de dobrar; fig., dócil; maleável; submisso, complacente (In Dicionário de Língua Portuguesa Online).

HETEROFLEXÍVEL - do Lat. heteroflexibilis; s. 2 gén., indíviduo heterossexual que se pode dobrar, curvar, que é facil de dobrar; maleável, submisso e complacente (In Dicionário de gaZpar, versão revista e aldrabada).

Portanto, será alguém que apesar de estar habituado a vaginus lambensis (peço desculpa pelo
nível), também gosta de se dobrar de vez em quando, submetendo-se à vontade de terceiros, quartos ou a quem quiser...

Portanto é alguém que dirá: "Ok. Vou ali e já venho!". Mas nem todos voltam...

21/10/2005

And now for something completely weird: Carnivale

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And now for something completely weird...

Sparkling tooth, I see, with my fairy poison eyes.
Passing through Miss Ivy, along my Casanova friends.
I look up.
Hello Mr. Radio! How are you today?
And off he goes…
Look out! It’s a big cloud out there!
It’s something wrong with the art of making bubbles, don’t you think?
Ok… OK! Put your hands in the air and wait for the next song to fly over your head!

Foi suficientemente estranho este momento? Não?
Então experimentem ver a série
Carnivale da HBO.
O melhor que já vi do género, desde os X-Files e Twin Peaks. A não perder, em DVD ou por milagre na TV...

19/10/2005

Sai lá que estou à espera!

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Sai. Vá lá. Sai. Estou à espera que saias!

Olha que os senhores estão à minha espera. Não me deixes ficar mal.

Estás envergonhada, eu sei. Estás cansada, eu sei. Gostas de estar acompanhada pela tua amiga. Estás farta de trabalhar. Tudo isso eu sei.

Mas acho que me deves alguns favores. Tenho-te alimentado. Dou-te oportunidades para que faças ouvir a tua voz. Deixo-te dormir com os sonhos ao lado.

Faz isso por mim... sai cá para fora Inspiração. Podes fazer-te acompanhar da tua amiga Criatividade se quiseres. Depois de me dares algo para mostrar, deixarei que voltes a dormir na minha mente enquanto os sonhos trabalham.

Obrigado! Sabia que podia contar contigo.

Só gostava que não tivesse tanto trabalho de cada vez que quero que saias... Hmpf!

Senhora de vermelho num mundo de verdes II

Para completar o misticismo da coisa, importa dizer que a foto foi tirada em Glastonbury (cidade do mítico festival de música), numa torre chamada Glastonbury Tor que tem vista para longínquas paragens e que as "boas línguas" dizem que é o lugar onde foi enterrado o Santo Graal (aquele copito de vinhaça da última ceia) e está ligado ao Rei Artur (aquele mocito da espada entalada na pedra), entre outros mitos:
"There are many myths and legends associated with the Tor - it is the home of Gwyn ap Nudd, the Lord of the Underworld, and a place where the fairy folk live."

Mais ainda, há todo um conjunto de experiências atribuídas ao lugar, como pessoas que tiveram visões, que sentiram como se estivessem a voar... Provavelmente fumaram umas coisas estranhas depois do festival e depois dizem que viram Deus... yeah yeah... of course!
Independentemente de tudo isto,
de facto aquela personagem (não tenho outro nome para lhe dar) fez-me sentir de forma estranha. Mexe comigo. Ainda o faz.
Talvez a verdadeira magia do lugar sejam as pessoas que lá vão... I
wonder!

13/10/2005

Senhora de vermelho num mundo de verdes














Não a conheço. Nunca lhe vi a cara. Não sei quem é.
Mas por ela sinto algo que não sei explicar. Podia dizer que estou apaixonado, mas não deve ser isso. Como posso estar apaixonado por alguém que nunca vi a cara?...
Não me sai da memória. Aquela figura distinta olhando o mundo a seus pés.
Talvez saiba porque ela me faz sentir assim. Porque me sinto como ela...
Um vermelho num mundo verde. Uma aparente solidão, mas rodeada de vida. Um pequeno ser que sobressai pela diferença.
Não será esse o nosso objectivo na vida? Ser parte do ambiente que nos rodeia mas ter a nossa própria cor?
Não lamento não ter falado contigo. A tua imagem ficará para sempre, pois ela é mais que a imagem. É um conceito abstracto com um significado só meu.
Não te conheço, não me conheces... mas não deixo de pensar em ti, senhora de vermelho num mundo de verdes.


Glastonbury, 09/10/2005

10/10/2005

Pensado em ti Portugal do meu coração... (ou quão piroso pode ser um título)

Parece que não vou poder candidatar-me a presidência nos próximos 10 anos... estou fora do país e não pude votar nas autarquicas.
Estava tão convicto de que ia ser presidente antes dos 40...
Bom... tenho os 40 anos seguintes. Posso sempre seguir o exemplo do Dr. Mário Soares e candidatar-me por volta dos 80.
E o Carmona lá ganhou.
Só uma coisa nunca cheguei a perceber... porque é que os cartazes do Carmona tinham fundo vermelho e alguns não tinham o nome do partido?
E porque é que os cartazes do Carrilho tinham fundo rosa? Ah... claro! É a cor do PS...
E eu a queixar-me do tempo cinzento por aqui e vocês com uma tempestade tropical a porta...

06/10/2005

O meu poema simples III

Acho que pusi aqui, mas já me esqueci.
Já procuri ali, mas não encontri. Até pareci que dormi.
É melhor acordar... e parar de estupidificar, sonhar, imaginar!
Toca mas é a trabalhar e deixar de divagar. Começar a pensar na realida... di?