Indiecurtas musicais @ Super Bock Super Rock

LCD Soundsystem - Em 2025 toda a população dos EUA decide naturalizar-se inglesa e o hino nacional passa a ser "North American Scum". A nova música de dança transforma-se no novo rock, o novo rock na nova música de dança. A bateria é o melhor amigo do homem e os badalos tornam-se eléctricos e substituem as guitarras.

Scissor Sisters - "Mamamatronic" tem um homem gay dentro de si, Jack Shears tem a bicha carpinteira, Babydaddy tem um urso e Del Marquis tem um surfista. Algures na plateia ouvem-se suspiros e estranhamente não são femininos. Algures no palco alguém é filthy/gorgeous. Algures no mundo se continua a sonhar com isso.

Interpol - Alguns membros da plateia "t-shirteados" de Joy Divison sentem-se ultrajados por estes não terem aparecido como prometido. Décadas mais tarde, caminhando à luz do nascer do sol, percebem que a Katrina (and the Waves) é a sua nova diva.

Bloc Party - No futuro os albuns das bandas serão editados primeiro em telemóvel (ou tele-chip incorporado no cérebro). Por agora, percebe-se que uma música aparentemente gasta numa qualquer publicidade afinal ao vivo não está nada gasta e põe um festival a dançar. E não só essa como a outra, a outra e mais a outra. Quando se acalma, a luz dos telemóveis substitui os isqueiros!

Arcade Fire - Os reverendos e padres modernos tocam instrumentos e fazem-nos crer serem uma banda de rock. As canções líricas passam a gospel rock ao vivo. O rock é o instrumento da seita. A seita é boa. Muito boa. Mas só esta!

The gossip - Diva soul lesbiana on fire.